Tradução em Libras na tela da TVE

09/05/2025 09h40
Foto: Reprodução/TVE
A emissora é a primeira do Estado a exibir 100% dos conteúdos próprios em Língua Brasileira de Sinais.

A TVE, emissora de televisão mais antiga do Espírito Santo em atividade, inaugura mais um marco histórico: é a primeira emissora do Estado a exibir 100% de seus conteúdos com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desde essa segunda-feira (05), o TVE Revista, o TVE Notícias e TVE Esporte são acessíveis também a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. 

O responsável pelo trabalho é o tradutor e intérprete de Libras Josué Rego da Silva, que é o coordenador do Núcleo de Acessibilidade da Fundação Carmélia. Ele conta que os trabalhos de tradução nos programas, tanto gravados quanto ao vivo, requerem estudo antecipado. 

“Muitas vezes, os assuntos exigem vocabulários específicos e é preciso estar por dentro dos temas. Além disso, o intérprete tem que traçar uma estratégia de tradução para que ela seja realizada de forma célere, não havendo um hiato entre o que é dito e a interpretação”, observa o profissional. Entre as rotinas que antecedem os programas estão, por exemplo, análises prévias sobre os entrevistados, seu ramo de atuação e sobre termos em língua estrangeira. 

O diretor-geral da Fundação Carmélia, Igor Pontini, conta que a intenção é expandir a atuação do Núcleo de Acessibilidade para outras instituições, sejam elas públicas ou privadas, prestando serviços como a tradução em Libras de vídeos, palestras e outros eventos. “O acesso à informação é um direito de todos e facilitar esse acesso é uma questão de promoção da cidadania”, frisa.

A programação da TVE já contava com legendas ocultas (close captions) e, além da tradução para Libras, a próxima ação no campo da acessibilidade será a implantação da audiodescrição, voltada a deficientes visuais. 

De acordo com o Decreto Federal 5.626, que regulamenta a Lei 10.436 (que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais), uma pessoa surda é aquela que interage por meio de experiências visuais, manifestando-se, sobretudo, com o uso da Libras. Já a pessoa com deficiência auditiva é aquela que sofreu perda bilateral a partir de 41 decibéis, aferida por audiograma.


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